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SP treina escolas e maternidades para tentar conter varíola dos macacos

05 de agosto de 2022
Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo

Vírus avançou entre homens gays e bissexuais, mas todos podem se infectar; casos docentes fazem curso para suspeitos e verificados terão atenção extra.

JÚLIA MARQUES / LEON FERRARI

Até ontem, foram registradas no Estado 1.298, a maioria em cidades da Grande São Paulo.

A Prefeitura de São Paulo e o governo estadual paulista anunciam medidas para enfrentar o surto de variola dos macacos: os planos incluem uma preparação de maternidades para atender a casos suspeitos e orientações a identificar crianças suspeitas.

Até ontem haviam sido registrados no Estado – a maioria na Grande São Paulo. A doença é mais comum em homens gays e bissexuais (97% dos casos), mas o governo pondera que outros também podem se infectar, entre eles pessoas com risco de agravamento, como gestantes, crianças de até 8 anos e grupos com deficiência imunológica (imunossuprimidos).

“Pode acontecer com todo o mundo”, disse o secretário estadual de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde, David Uip, em evento sobre o plano de combate à doença no Estado. Para ele, a prevalência da doença entre homens que fazem sexo com outros homens é “transitória”. “Daqui a pouco, todos serão passíveis de contato”, afirmou Uip. No Estado, há cinco crianças de até 9 anos e cinco adolescentes infectados, em isolamento, além de duas grávidas. Ontem, os Estados Unidos decretaram que o vírus é uma emergência em saúde pública, como fez a Organização Mundial da Saúde (OMS) no dia 25.

TRANSMISSÃO.

A variola dos macacos é transportada por contato na pele, fluidos com materiais, gotículas e materiais contaminados. A letalidade, de modo geral, é baixa e as características de transmissão e demanda hospitalar são bastante diferentes da covid19. No Brasil, foi registrada na semana passada na 1.ª morte, de um paciente que estava em tratamento contra o câncer.

estadual da Saúde, o secretário de saúde Jean Gorinchteyn deve ter mais impacto em unidades básicas de saúde do que em leitos internos de saúde ontem, havia dois dias. Ainda assim, disse, é preciso coordenar o treino para diagnóstico e atendimento.

O estado definido 93 casos e maternidades de referência para mais sepulturas com necessidade de hospitais, leitos de isolamento ou UTIs. Em relação às maternidades, o plano prevê gestantes infectadas e indicação para que faça o parto em uma unidade de saúde de alto risco. Além disso, será geral para a parte de infectado a cesárea.

Grávidas infectados podem ter parto normal caso não haja dispositivos na região vulvovaginal ou perianal (em torno do ânus). A ideia é evitar a transmissão para o recém-nascido. “Deixamos 56 maternidades no Estado preparadas para pacientes”, disse Gorinchteyn.

a materno também é de suspender o por 14 dias, caso a mãe está infectada. Ainda não há clareza se a transmissão ocorre pelo leite materno. “A orientação é manter (o bebê) afastado da mãe (infectada) para evitar o contato”, disse.

Nesta semana, o Ministério da Saúde recomenda que as grávidas, puérperas (que acabaram de dar à luz), usem máscaras em locais fechados para prevenir a infecção pela gripe. A orientação foi classificada pelo governo paulista como “prudente”.

CRIANÇAS. Em outra frente, a Prefeitura de São Paulo fez capacitação com profissionais da Educação, como diretores e professores, para identificar suspeitos entre crianças. O treinamento profissional da saúde, teve participação de 5,5 mil servidores e, após registros de casos entre crianças.

“Estamos tentando mostrar aos professores que devemos verificar em alguma criança com algum tipo de lesão – e na própria residência isso ser selecionado – (devem) levar a uma unidade de saúde para o diagnóstico precoce e pode identificar precocemente para evitar a divulgação”, explicou também o secretário municipal de saúde, Luiz Carlos Zamarco.

Ele diz que ainda é desconhecida a evolução da doença nas crianças – até agora, em São Paulo, todas tiveram sintomas leves. Entre as infectadas na capital, contatodeira foi familiar, diz Luiz Artur Vieira Caldeira da Coordenadoria de Vigilância em Saúde. O compartilhamento de objetos, como as toalhas de rosto, além de beijos e abraços, podem transmitir o vírus – pessoas com suspeita de que devem evitar essas práticas.

Para o Marcoologista Aurélio Sáfadi, que participou da capacitação dos educadores, a é de cautela, mas sem hora infectar. Ele afasta o risco de que as escolas sejam focos de contágio. “O risco será muito maior na casa onde eventualmente haja um caso.” Sindicatos e associações de escolas privadas de São Paulo dizem não ter casos entre seus alunos.

50 mil vacinas foram encomendadas pelo Ministério da Saúde; o critério de aplicação das doses ainda será definido

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