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É hora de falar do autocuidado

18 de maio de 2021
O papel do farmacêutico em favor do autocuidado

Duas pesquisas e duas realidades bem divergentes. Um estudo da Veja Saúde e do núcleo de Inteligência Mercado do Grupo Abril, com apoio da Associação Brasileira de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip), revelou que quase 70% dos participantes ampliou a preocupação com a revisão de seus hábitos e o autocuidado. Em contrapartida, levantamento do Datafolha indica que 47% dos brasileiros faz uso de medicação sem prescrição no mínimo uma vez no mês.

O desafio de viabilizar o autocuidado sem se automedicar parece intransponível em um país com uma cultura de prevenção frágil. Mas é aí que entram os farmacêuticos. Segundo estimativas da Abrafarma, as farmácias registram por mês, em média, 4 milhões de atendimentos de clientes em busca do farmacêutico para indicações sobre o uso de medicamentos isentos de receita médica (MIPs).

Dicas simples podem ser a chave para o paciente receber as indicações corretas e para você assumir uma posição de protagonista na luta por um acesso responsável à saúde. Sua farmácia deve ter esses protocolos, mas a sua abordagem é o fator mais determinante.

A primeira recomendação é trocar a indicação informal pela prescrição farmacêutica. Fazer uma indicação simples no balcão pode ter a melhor intenção possível, mas também passa a ideia de um atendimento cuja única finalidade é a venda. Isso pode desvalorizar o profissional e prejudicar o paciente. Mais do que uma indicação, quando falamos sobre a recomendação de MIPs, falamos sobre a prestação de um serviço de saúde ao paciente.

Vale enfatizar que o Conselho Federal de Farmácia (CFF) regulamenta essa prática por meio da Resolução 586/2013. A norma garante mais segurança ao paciente, além de diferenciar o estabelecimento farmacêutico como um ponto de saúde, onde MIPs são mais do que simples mercadorias. E um detalhe importante: a prescrição farmacêutica não substitui a consulta médica e nunca é realizada para medicamentos tarjados, antibióticos ou produtos controlados.

Atualmente, diversas ferramentas dispõem de informações estruturadas sobre mais de 15 mil produtos que um farmacêutico pode recomendar, incluindo protocolos prontos para uma série de sintomas comuns. Procure fazer o cliente explicar o que o motivou a procurar a farmácia, cruze os dados com sexo e idade e o próprio sistema vai sugerir tratamentos possíveis. Comunicação e inteligência artificial a seu favor, sendo a decisão final sempre do profissional da saúde e do paciente.

Informação na palma da mão

Materiais de orientação também funcionam como meios para conscientizar o paciente. Um dos mais recentes exemplos é o da própria Abrafarma. A entidade acaba de elaborar uma cartilha sobre o autocuidado, com 20 páginas e que pode ser baixada gratuitamente na página oficial do recém-criado projeto Movidos pela Saúde. Toda a população tem acesso a esse material, assim como as farmácias poderão utilizá-lo em campanhas no ponto de venda.

A cada demanda de cliente, tenha essa cartilha sempre à mão e incentive seu paciente a ter acesso.

Fontes: Clinicarx, Datafolha e Veja Saúde

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