Chocolate caro deixa coelho mais magro

ACERTO DE CONTAS

Giane Guerra

A Páscoa dos gaúchos deve movimentar R$ 194,93 milhões, 4,9% menos do que no ano passado, pela previsão da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). São Paulo, com R$ 923 milhões, Minas Gerais e Rio de Janeiro lideram o ranking antes do RS.

Os gastos se concentram nos supermercados. Aqui no Estado, ela movimenta também as fábricas. Nacionalmente, é prevista queda de 1,4% na venda, descontada a inflação. A retração do consumidor se deve principalmente à disparada no preço do chocolate, que acompanha a escassez mundial de cacau. Outros itens da ceia também estão pesando no bolso.

Um indicativo costuma ser a importação de produtos típicos, que desaqueceu pela alta do dólar. Registros do governo federal apontam que, em março, a entrada de chocolate de fora do país caiu 17,6%, enquanto o bacalhau recuou 11,7%. Ambos tiveram aumentos que superam de longe a inflação, assim como o azeite de oliva, considerado item da "cesta básica da Páscoa".

Desde 2021, a CNC identificava recuperação nas vendas de Páscoa, após o tombo de 2020, início da pandemia, quando o faturamento voltou ao nível de 2007.