Como aproveitar ao máximo os serviços na farmácia

Para  Jim Danahy, CEO da AdhereRX Inc, empresa canadense de consultoria e treinamento para farmácias, quando se fala em serviços farmacêuticos, primeiramente deve-se pensar em “a quem eles se destinam ” e não em “para o que servem”. Trata-se de uma ruptura do varejo farmacêutico que atrela o conceito de vender com cuidar.

“Quando aprimoramos o cuidado com o cliente, os resultados e negócios serão naturalmente mais promissores”, avalia o executivo, um dos palestrantes do 1º Congresso de Clínicasda Abrafarma. Na ocasião, Danahy recordou aos presentes quando apresentou, há quatro anos, uma proposta aos membros da entidade. Na época, já dizia que a adesão à medicação deve ser a prioridade número um dos serviços nas farmácias.

Dentre os serviços essenciais, aqueles que devem fazer parte do core business da empresa, o executivo destaca:

• Entrevista direta com o paciente
• Aconselhamento
• Documentação dos problemas relacionados aos medicamentos (PRM)
• Planos de cuidado
• Revisão dos medicamentos tomados
• Sincronização dos medicamentos prescritos
• Atendimento agendado
• Acompanhamento
• Prescrição onde for permitido
• Vacinas e injeções
• Testes de laboratório
• Nutrição

Segundo Danahy, a tecnologia está desempenhando um papel decisivo nessa oferta de serviços. “Há uma farmácia na Itália que possui uma vending machine em localizações remotas, e também outra na Austrália, que realiza teste e venda de equipamento para apneia do sono”, exemplifica. Outros exemplos são as clínicas, assim como os quiosques afiliados a hospitais locais localizados dentro de grandes redes internacionais, como CVS, Walgreens e Walmart.

“No mundo inteiro, as farmácias que contam com salas clínicas estão gerando uma receita que varia de R$ 400 mil a R$ 1,37 milhão ao ano em serviços, sendo de 40% a 50% mais rentáveis em indicadores como o Ebitda”, comenta Danahy. Para ele, o Brasil tem uma vantagem nesse sentido pois pode contar com o farmacêutico à frente do balcão. “Em outros países, impera a venda fracionada de medicamentos juntamente com serviços de entrega, em que o profissional não tem contato direto com o paciente”, finaliza.

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Foto: Divulgação Rede Drogal