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Cresce o número de testes e resultados positivos de Covid nas farmácias

04 de janeiro de 2022
Fonte: Portal Jornal Nacional - Rede Globo

Segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias, o número de testes rápidos realizados na segunda quinzena de dezembro cresceu mais de 50% na comparação com a primeira.

Por Jornal Nacional

Nos últimos dias, a procura por testes de Covid aumentou muitos nas farmácias do Brasil todo, e os resultados positivos também. Fazer um teste rápido para descobrir se é ou não Covid não tem sido das tarefas mais fáceis. Em grandes redes de farmácias de São Paulo, na maioria das vezes, é preciso esperar 24 horas por uma vaga.

"Estou tentando desde ontem. Primeiro eu fui no teste de farmácias, que são os mais rápidos, e não tinha disponibilidade", conta o administrador de empresas Caio Roma Devoraes.

“A gente vinha de uma média de 80 a 90 mil testes por semana. Então, óbvio, se a procura aumenta para 130, 140, 150 mil testes, obviamente se você tem um pico inesperado, aí a gente tem que repensar os estoques, repensar a oferta do produto. É o que está acontecendo no momento”, explica Sergio Mena Barreto, diretor-executivo da Abrafarma.

Segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias, o número de testes rápidos realizados na segunda quinzena de dezembro cresceu mais de 50% na comparação com a primeira. A alta também se reflete na chamada taxa de positividade. Eram pouco mais de 5% de exames positivos no começo de dezembro. No meio do mês, chegou a quase 7%. E, neste domingo (2), essa taxa já esbarrou nos 27%.

O Brasil ainda é um país que testa pouco a população. É só olhar para o lado: os nossos vizinhos na América do Sul, por exemplo, testam duas, quatro, quase cinco vezes mais. E é só testando que se pode isolar os infectados mais precocemente, para interromper a cadeia de contágio do vírus.

O infectologista Marco Aurélio Sáfadi ressalta que, diante da variante ômicron, é ainda mais importante implantar uma política pública ampla de testagem.

“Frente a uma variante como essa, de altíssima transmissibilidade, e que tem como característica de forma geral provocar quadros menos graves, particularmente em vacinados, o que vai acontecer é que vai haver uma grande quantidade de pessoas com formas mais leves da doença. E isso torna crucial a necessidade de uma testagem ampla. Eles acabam frequentando as suas atividades habituais e contribuindo de forma relevante na transmissão do vírus na comunidade”, afirma.

A epidemiologista Denise Garrett diz que o Brasil deveria seguir o exemplo de outros países, que distribuem kits para que as pessoas se testem em casa.

“É o que a gente está vendo em vários países da Europa, o que a gente está vendo nos Estados Unidos, que é a adoção desse teste como uma política de estado, uma política pública de saúde. Esse teste não substitui o PCR, mas é uma ferramenta q você tem ao seu dispor que ajuda muito a interromper essa cadeia de transmissão. O Brasil não testa como deveria. Testes aqui são muito poucos, sempre foi desde o início da pandemia, e piorou agora”, destaca.

Atualização
Na reportagem que abriu o jornal, especialistas afirmaram que o Brasil precisa ampliar a testagem da população, principalmente com a chegada da variante ômicron. Às 15h30, o Jornal Nacional entrou em contato, por e-mail, com o Ministério da Saúde e perguntou se há algum plano para aumentar a oferta de testes de Covid e se o Ministério da Saúde planeja distribuir de kits para testagem em casa.

O ministério respondeu às 20h34, depois que a reportagem já tinha sido exibida. O ministério afirmou que lançou, em setembro, o Plano Nacional de Expansão da Testagem, que inclui a realização de testes de antígeno em pessoas com ou sem sintomas. Mas não informou a quantidade de testes e se pretende distribuir testes caseiros.

Link do Vídeo:
https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2022/01/03/cresce-o-numero-de-testes-e-resultados-positivos-de-covid-nas-farmacias.ghtml

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