Cresce o varejo "farma"

Atuando em distribuição, laboratório e varejo de medicamentos, a Dimed passará a se chamar Grupo Panvel, adotando a sua marca mais conhecida. O CEO Julio Mottin Neto contou à coluna os planos da empresa para dobrar de tamanho.

O que levou à mudança?
O varejo tomou uma proporção muito maior no negócio e hoje representa 91% do faturamento. Os outros 9% se dividem entre atacado e indústria. O mercado está atento a atributos das empresas, e a Panvel possui uma gama importante: inovação, estratégia de ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança), diversidade e sustentabilidade.

Faz parte de uma estratégia maior?
Temos planos audaciosos de dobrar o tamanho da empresa até 2025. É pular de um faturamento de R$ 3 bilhões para R$ 6 bilhões, com pouco mais de 800 lojas na Região Sul.

E no Sudeste?

Com vendas acima da média nas lojas de São Paulo, continuamos expandindo lá no longo prazo e com foco na classe AB. No mercado gaúcho, estamos investindo mais na classe C, porque já atendemos bem a AB. Nosso digital cresce muito na capital paulista, onde representa 60% da venda e entregamos em até duas horas.

De onde virão os R$ 3 bilhões a mais de faturamento?
O varejo "farma" cresce com expansão física. Já estamos concluindo o ano com 65 aberturas. Para 2022, também projetamos 65 lojas e vamos acelerar. O digital teve uma aceleração importantíssima na pandemia. Hábitos novos se desenvolvem dentro de seis meses. O cliente está voltando para a loja, mas não caiu a participação do digital na venda.

GIANE GUERRA.