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Desmatamento impede país de ganhar R$ 10 bilhões por ano

04 de dezembro de 2023
Fonte: Jornal Valor Econômico – SP

Valor decorre dos créditos de carbono que poderiam ser gerados com a floresta em pé, aponta estudo

O Brasil deixa de ganhar aproximadamente R$ 10 bilhões por ano em créditos de carbono, devido ao desmatamento. Cerca de metade desse valor caberia à região Norte do país. Os números decorrem do potencial de geração de créditos se o mercado fosse regulamentado e se não houvesse perda de área de floresta, de acordo com levantamento da empresa de consultoria em inteligência artificial Kognita Lab e da Fundação Dom Cabral.

O estudo indica quanto cada unidade da Federação poderia obter em créditos. A único sem nenhum ganho é o Distrito Federal. Os demais ganhariam pelo menos US$ 3 milhão por ano - caso do Piauí. O Pará, maior beneficiado, obteria US$ 515 milhões por ano. O estudo também aponta o ranking dos dez municípios com maior potencial de receita caso mantenha suas áreas de floresta intocadas. Nove estão na região Norte e um no Centro-Oeste.

O estudo utilizou dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), criado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os autores estimaram a receita potencial a partir das informações do Prodes, a partir do uso de algoritmos estatísticos. As estimativas de receita com a venda de créditos de carbono foram calculadas levando em consideração o volume total de dióxido de carbono que é jogado na atmosfera, em função do desmatamento médio.

Com a biomassa de cada hectare, medida em toneladas de CO2 equivalente, foi possível estimar o total de toneladas de CO2 equivalente jogados, em média, na atmosfera todo ano. Cada crédito de carbono corresponde a uma tonelada de CO2 equivalente. O valor de cada crédito utilizado no estudo ficou em US$ 4,30. Esse valor foi estimado - de forma conservadora, segundo os autores do levantamento - a partir do preço do carbono negociado em mercados voluntários.

Os responsáveis pelo estudo informam que o faturamento calculado não leva em conta os custos da operação de venda de créditos de carbono. O ganho efetivo, portanto, seria menor que o estimado a partir da dedução dos custos.

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