EMS prevê R$ 100 milhões com canetas de liraglutida
11 de junho de 2025Farmacêutica venderá seu primeiro medicamento com o princípio ativo a partir de agosto.
Cesar Ferro
A EMS entrará em definitivo no mercado das canetas de liraglutida no próximo mês de agosto. Aprovado pela Anvisa desde de dezembro, o Olire chegará às farmácias com uma projeção arrojada. As informações são do NeoFeed.
Com um remédio aprovado para a obesidade (Olire) e outro para o controle de diabetes (Lirux), ambos à base de liraglutida, a farmacêutica espera gerar receita de R$ 100 milhões. “Nosso desejo é de que as canetas emagrecedoras representem 25% do faturamento da companhia dois anos após os lançamentos, afirmou o vice-presidente, Marcus Sanchez.
A título de compreensão, a receita prevista pelo laboratório para 2025 é de R$ 10 bilhões. Ou seja, para 2027, a expectativa é de que os novos produtos representem cerca de R$ 2,5 bilhões.
O Saxenda, da Novo Nordisk, é o medicamento de referência para o princípio ativo. Uma caixa com três canetas é comercializada na casa dos R$ 780. Segundo a EMS, sua versão similar será vendida por um preço 20% menor, algo em torno dos R$ 630.
Por meio de parceria com uma distribuidora norte-americana, a farmacêutica também irá exportar sua liraglutida para os Estados Unidos. “A gente prevê que, por lá, a gente consiga alcançar US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões) nos próximos dois anos somente com essas canetas”, afirma.
Canetas de liraglutida são as primeiras análogas de GLP-1 da EMS
As duas canetas de liraglutida marcam a entrada da EMS no mercado de moléculas análogas de GLP-1. O próximo passo será o lançamento de um genérico do Ozempic, medicamento à base de semaglutida da Novo Nordisk, o que deve acontecer no segundo semestre de 2026.
Outras farmacêuticas brasileiras também desejam uma fatia desse mercado bilionário, que hoje gira em torno dos R$ 3,3 bilhões. Biomm e Cimed, por exemplo, também tem planos de comercializar um genérico do princípio ativo em breve.
Farmacêutica prevê 500 mil canetas vendidas em um ano
Inicialmente, a EMS produziu 100 mil canetas, sendo divididas igualmente entre Lirux e Olire. Para abastecer a demanda até o fim do ano, os planos são fabricar mais de 250 mil unidades. A expectativa da farmacêutica é de, em um ano, vender 500 mil canetas.
Laboratório também reforça aposta em medicamentos injetáveis
Na primeira quinzena de abril, a EMS anunciou a compra do portfólio de medicamentos injetáveis da Fresenius Kabi no Brasil. A negociação envolveu ainda uma planta fabril em Anápolis (GO) e um centro de distribuição em Goiânia (GO).
Os valores envolvidos no acordo não foram divulgados, mas estimativas internas da farmacêutica apontavam para uma receita adicional de R$ 150 milhões em 2025. Ainda é esperado que os ganhos com essa categoria dobrem nos 12 meses seguintes a operação.
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