Estudo do BID divulgado em Nova York avalia em R$ 87 bilhões danos da enchente no RS
23 de setembro de 2024RODRIGO LOPES
Presidente do órgão, Ilan Goldfajn calcula queda de 1,8% do PIB gaúcho em 2024
Um estudo realizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em parceria com o Banco Mundial (Bird) e a Celac divulgado neste domingo (22) em Nova York, Estados Unidos, calcula em R$ 87 bilhões os prejuízos causados pela enchente de abril e maio no Rio Grande do Sul.
O levantamento contou com mais de 40 especialistas.
- O Rio Grande do Sul foi uma tragédia. A gente se comprometeu a fazer três coisas: uma delas é uma avaliação com outras instituições, como o Banco Mundial e a Cepal. E a gente de fato tem um avaliação de custo pesado, R$ 87 bi. Só por 2024 significa uma queda de 1,8% do PIB. Segundo, a gente também falou que precisa ter ajuda emergencial e de reconstrução.
Na ajuda emergencial, a gente falou até R$ 1,5 bilhão. Isso já foi 70% desembolsado. Além disso, teve a ajuda humanitária, que veio de várias frentes. Mas a reconstrução vai ser muito importante e isso significa outros recursos: R$ 4 bilhões disponibilizados pelo BID para eventuais projetos. A gente já olhou, e 80% desses R$ 4 bi já têm destino. Uma parte é para pequenas e médias empresas e outra para infraestrutura e resiliência - afirmou o presidente do BID, Ilan Goldfajn.
O dirigente participou do evento "Navegando para a COP29 e o Caminho para Belém", organizado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).
Ele citou o número de mortes na tragédia gaúcha que, segundo ele, é um exemplo dos efeitos das mudanças climáticas.
— Acho que o Rio Grande do Sul nos mostrou que é sério, não é só a Amazônia ou a seca que a gente está vendo agora. E de fato a gente tem acompanhado e tem que acompanhar — disse.
Para a redução dos danos causados pelas secas, o BID anunciou que irá destinar mais de R$ 10 bilhões em investimentos públicos e privados, além de doações para projetos de gestão hídrica, conscientização e formação de brigadistas.
As secas e queimadas também são motivo de preocupação, e o banco já soma R$ 10,5 bilhões em ações para redução de danos no Brasil.
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