Europa reforça importância do farmacêutico de família

Farmacêutico de família - Como o Brasil pode investir na figura do farmacêutico de família? Esse modelo, que encontra dois bons exemplos na Europa, pode ser uma estratégia certeira para ampliar a assistência farmacêutica em tempos de pandemia.

Bélgica

A Bélgica implementou um programa do gênero em 2010, mas foi só em 2017 que os farmacêuticos comunitários assinaram um acordo com o Ministério da Saúde local para oficializar o papel desse profissional. Mais de 90% das farmácias locais já estão cadastradas no sistema.

O farmacêutico de família monitora o paciente e o acompanha no uso correto dos medicamentos. É ele quem fornece orientação sobre o consumo e mantém atualizado o plano de medicação. A remuneração não é apenas atrelada à margem por medicamento comercializado, mas também combinada a uma taxa de dispensação. O profissional recebe uma remuneração de cerca de € 4 por cada medicação dispensada, além de uma remuneração fixa anual de € 30 por paciente atendido por esse modelo.

No entanto, esse valor anual só é aplicado no atendimento a pacientes que, nos últimos 12 meses, receberam cinco diferentes medicações da mesma farmácia – sendo pelo menos uma para consumo crônico.

Portugal

Já a aposta das farmácias portuguesas está nos serviços na casa do consumidor. A ideia é que o paciente possa agendar pelo aplicativo ou diretamente na loja física uma visita de um profissional de saúde para a realização de vários serviços, como coleta de sangue e medição da glicemia e da pressão.

Aplicativos de venda funcionam como um marketplace de farmácias, que reúne várias lojas diferentes em um único lugar. Os medicamentos de urgência comprados online devem ser entregues num prazo de até duas horas em qualquer lugar do país. “Essa ampliação de serviços inclui a contratação de outros profissionais, como nutricionistas e enfermeiros, que oferecem orientações voltadas ao controle da obesidade”, exemplifica Paulo Duarte, presidente Associação de Farmácias de Portugal.

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