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Logística reversa ganha primeira associação

14 de novembro de 2023
Fonte: Jornal do Comércio – RS

Juntas, essas empresas já reciclaram, em 2022, 150.170 toneladas de papel, 800 de plástico, 9.319 de vidro e 85.522 de papelão.

Para atender à crescente demanda por inciativas públicas e privadas que garantam a destinação correta de resíduos, além da regulação e incentivo a esse mercado, 18 das principais empresas do setor, responsáveis pela coleta, triagem, armazenamento e destinação ao ciclo produtivo de produtos e embalagens pós-consumo, criaram a Associação Brasileira de Logística Reversa (Abelore).

Juntas, essas empresas já reciclaram, somente em 2022, em toneladas: 150.170 de papel, 800 de plástico, 9.319 de vidro, 2.888 de metal, 85.522 de papelão, 450 de embalagens Tetra Pak e 350 de eletrônicos.

E em sua primeira reunião anual, que aconteceu neste mês de outubro, em São Paulo, a Abelore reuniu representantes do poder público, com a participação de Aline Cardoso, secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho da cidade, e Mauro Haddad, Gerente de Saneamento da SP Regula - órgão responsável pela regulação e pela fiscalização dos serviços delegados do município, bem como Fabrício Soler, que é advogado especialista do setor, além de representantes das empresas Massfix (Juliana Schunck), Grupo Boticário (Mariana Cavanha) e Cargill (Márcio Barela).

"A concretização desta associação é mais um passo no sentido de evoluir no que se refere a logística reversa nesse País, à disseminação de informações concretas para o mercado e governo quanto às melhores práticas, garantindo a evolução dos índices do setor de forma propositiva e transparente", explica Rodrigo Oliveira, vice-presidente da associação.

Ainda no sentido de apoiar o desenvolvimento desse mercado, a entidade elaborou "Selo Abelore", uma certificação que garante o compromisso das empresas com a Logística Reversa. Ao receber esse selo, as empresas se comprometem a adotar práticas sustentáveis, como o reaproveitamento de materiais e a destinação correta de resíduos, contribuindo para a preservação do meio ambiente.

"Com essa certificação é possível proporcionar ao consumidor e sociedade em geral a certeza de estar escolhendo empresas comprometidas com o futuro do planeta. Nosso objetivo é aumentar a sensibilização da população e das empresas para o cumprimento dos acordos setoriais para gerar adicionalidade por meio do aumento no volume de materiais recicláveis sendo reaproveitados", complementa Alexandre Furlan, presidente da Abelore.

Sem regulamentação, baterias de carros elétricos podem virar 43 mil toneladas de lixo perigoso até 2030

Levantamento feito pela Universidade Veiga de Almeida (UVA) em 2022, aponta que a ausência de uma regulamentação para a logística reversa das baterias que armazenam a eletricidade dos veículos elétricos representa um potencial risco ambiental para o País, apesar do impacto positivo da tecnologia usada nesses automóveis na redução de emissões de gases de efeito estufa.

Segundo os dados, se não houver boas práticas de descarte, as baterias de carros elétricos podem virar cerca de 43 toneladas de lixo perigoso até 2030. Embora a inserção desses veículos seja cada vez mais pronunciada no Brasil e no mundo, nem todos os impactos ambientais são potencialmente positivos.

Para especialistas, é preciso a realização de debates e regulamentações para o aumento do fluxo da logística reversa de baterias de carros elétricos. Segundo o coordenador do curso de Engenharia Mecânica da Faculdade Anhanguera, Mauro Paipa Suarez, essas desvantagens precisam ser analisadas, visando o meio ambiente e a qualidade de vida da população.

"Desde sua fabricação, até o seu descarte, o uso da modalidade de VEs ainda conta com grandes desafios em relação à produção, tempo de vida e, principalmente, ao descarte das baterias. Existem propostas de reaproveitamento, mas isso não resolve o problema do descarte do material, que causa um enorme impacto ao meio ambiente, podendo ser letal até 2030", diz.

Para Mauro, apesar da alta usabilidade de veículos elétricos, o crescimento ainda é lento, em função da desconfiança por parte da população. Ele acredita ser necessário prestar atenção aos materiais utilizados nas baterias dos VEs, antes que eles sejam popularizados.

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