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Marca própria em farmácias cresce mais de 2 dígitos

07 de fevereiro de 2024
Fonte: Portal Panorama Farmacêutico

Marca própria em farmácias cresce mais de 2 dígitos.

ANA CLAUDIA NAGAO

A marca própria em farmácias vem se consolidando como fonte extra de receita para o setor. Quatro grandes redes do varejo farmacêutico viram o faturamento dessa categoria crescer 24% nos últimos 12 meses até novembro de 2023, em comparação ao mesmo período anterior.

Se considerada a performance do mercado de consumer health no segmento, que abrange MIPs, produtos de HPC e bomboniere, o desempenho das marcas próprias está 20 pontos percentuais acima.

Juntas, Raia Drogasil, DPSP, Panvel e Pague Menos movimentaram R$ 1,24 bilhão, contra R$ 996,7 milhões no intervalo entre dezembro de 2022 e novembro do ano passado.

A marca própria das farmácias sofreu especial influência das taxas de inflação no Brasil, cuja alta comprometeu a renda média dos brasileiros e forçou alterações da cesta de consumo. “E as farmácias vêm assimilando bem as lições de setores como o de supermercados e vestuário, apostando em portfólios exclusivos”, comenta a presidente da Abmapro, Neide Montesano.

Outros indicadores ajudam a sustentar essa tendência de alta. Estudo da NielsenIQ (NIQ), encomendado pela Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (Abmapro), revela que os produtos de marca própria estão presentes em 34% dos lares brasileiros.

Já o relatório do Santander Research, em parceria com a consultoria Amicci, apontou que os produtos de marca própria podem garantir uma margem bruta de lucratividade superior a 30%. Também possibilitam a aplicação de preços em média 20% mais baratos.

Marca própria em farmácias: especialistas avaliam

Para Leandro Kluber, gerente nacional de vendas da A2F Indústria Farmacêutica, especializado em terceirização de marca própria, as farmácias apostam em marca própria por conta da rentabilidade que elas trazem e da fidelização por ser uma marca exclusiva.

“Em uma palestra de Gui Serrano, no evento Latam Retail Show, em setembro do ano passado, o executivo da CVS Health foi categórico ao afirmar que o varejo que desconsiderar ter marca própria vai, simplesmente, deixar de existir, perdendo clientes e mercado”, ressalta Kluber.

Mas, por outro lado, ele alerta que desenvolver uma linha exclusiva não é uma tarefa simples e requer muita pesquisa, ouvir o consumidor e, principalmente, desenvolver algo inovador. “A grande questão a considerar é quem vai produzir essa linha para o varejista”, acrescenta.

Um dos diferenciais da A2F é a entrega de um full service robusto. Isso significa que a indústria é responsável por todas as etapas de desenvolvimento do produto, começando pela apresentação de indicadores de desempenho do mercado, a fim de sinalizar qual o tipo de produto mais adequado para a varejista, levando em conta a região onde ela atua e o perfil de consumo do seu público-alvo.

“Avaliar os números auditados, adquiridos com a IQVIA, além dos dados internos das mais de 800 marcas já produzidas, nos permite acompanhar as movimentações do mercado em diferentes regiões do país, garantindo uma análise mais precisa sobre tendências e oportunidades no setor, apoiando quem está fazendo marca própria pela primeira vez, ou aquele que já possui marca própria e deve diversificar seu mix para expandir”, explica Kluber.

Por qual linha começar?

Para quem está iniciando no segmento de marca própria, o ideal é começar com itens que tenham maior demanda em seu negócio e oportunidades e tendências de crescimento em sua região de atuação. “A categoria de entrada costuma ser a de multivitamínicos A-Z, cabelos, pele e unhas, além de colágenos”, afirma o executivo da A2F.

Apostar na sazonalidade também é outro caminho. E as farmácias que desejam ter produtos efervescentes, pastilha para a garganta, xaropes e itens para reforço da imunidade, a fim de aproveitar as vendas do inverno, precisam começar a pensar nisso agora para ter o tempo hábil de desenvolvimento dos produtos.

“Temos mais de 140 fórmulas testadas e estabilizadas, entre elas mais de 60 para a sazonalidade de inverno” e destaca “A hora de pensar no inverno é agora. É preciso desenhar a estratégia, pensar nos SKUs, nos claims e cuidar de cada detalhe para que seja um sucesso” acrescenta.

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