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MIPs - Abrafarma reage contra venda de remédios em supermercados

03 de agosto de 2022
Fonte: Jornal O Povo – CE

Um monitoramento da Abrafarma aponta que ao menos 2.670 itens são mais caros esses estabelecimentos do que nas farmácias.

Deve ser votado em caráter de urgência no Congresso Nacional nos próximos dias do projeto de Lei Número7174/19, que prevê a distribuição da comercialização de medicamentos isentos de prescrição (MIP).

Apoiado pelo setor supermercadista, o projeto é crítico com veemência pela Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).

De um lado, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) argumenta que permitirá uma venda desses produtos como xaropes e determinados antialérgicos e antigripais, entre outros rótulos, o aumento no número de pontos de venda, o aumento da concorrência, que costuma resultar em preços mais baixos.

A Associação Citadino que há um estudo que indica que, quando os MIPs foram comercializados até os supermercados, armazéns e lojas anteriores no Brasil, entre os anos de 194 e 1995, houve uma redução de 35% nos preços.

Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma, questiona qual seria a mágica dos supermercados para reduzir drasticamente os preços dos medicamentos, cuja carga tributária chega a 36%.

Um monitoramento da Abrafarma aponta ao menos 2.670 itens são mais caros esses estabelecimentos do que nas farmácias, entre eles antissépticos bucais, escovas de dente, fraldas descartáveis ​​e desodorantes.

"Por que supermercados e estabelecimentos similares venderiam medicamentos mais baratos do que as farmácias se vendem mais caro nas diversas categorias concorrentes?

Além disso, o grande vilão dos preços que vendem no Brasil não são atualmente, escalando outros produtos de forma de alarme. Não, agora se voltam para desestabilizar os preços de medicamentos. Valorizamos a liberdade de mercado, mas jamais teremos custos da fragilização do sistema sanitário", contesta.

Outro ponto positivo, na visão supermercadista, seria uma facilidade de acesso, que reduz a necessidade de estocagem da população. "Atualmente, 22% dos municípios brasileiros não possuem farmácias, o que dificulta a vida das famílias que moram nessas regiões", diz a Abras em comunicado.

"São argumentos rasos e injustificáveis", rebate Barreto, da Abrafarma. "Os MIPs já estão disponíveis nas mais de 90 mil farmácias presentes em território nacional e, mesmo fora das gôndolas, envolvimento o apoio de um profissional especializado em 77% das ocasiões. As peças que lançamos nas redes sociais reforçam que a saúde dos brasileiros não pode ser cuidada pela vendinha da esquina", crítica o CEO da Associação.

Ele diz que esses medicamentos precisam ser acompanhados da orientação de um profissional, seja à indicação de faixa etária, como em relação a efeitos como a sonolência causada por determinadas substâncias, entre questões.

Abrafarma expôs sua venda oficial com a precarização de medicamentos em um comunicado aos deputados. Um dos argumentos citados no documento é de que os MIPs são importantes segmentos da farmácia e representam mais de 30% das vendas.

"Portanto, o impacto econômico sobre as farmácias (das grandes às pequenas) será desastroso", escreve a Associação.

A entidade reúne as 26 maiores redes de farmácias do país, que contam com mais de 8,9 mil unidades em todos os Estados brasileiros e no Distrito Federal. As redes associadas representam cerca de 45% das vendas de medicamentos no País.

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