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O grupo que fatura R$ 1,2bi e desafia grandes redes de farmácias na região Norte

19 de outubro de 2022
Fonte: Jornal Valor Econômico – SP / Foto: Divulgação

Dono das marcas Santo Remédio, Farmabem e FlexFarma acelera inaugurações.

Por Marina Falcão — Do Recife

Com faturamento de R$ 1,2 bilhão no ano passado, o grupo amazonense Tapajós, dono de uma rede de 130 drogarias, vai acelerar abertura de lojas na região Norte. Segundo Wili Garcêz, presidente do grupo, metade da dívida captada para a compra da Farmabem, em 2018, já foi amortizada e o restante do passivo foi alongado, liberando caixa para novos investimentos.

O grupo pretender inaugurar 21 unidades em 2023 - este ano será encerrado com 12 lojas a mais - e pelo menos mais 20 em 2024. Fundado pelos empresários Pedro Garcêz e Rogério Moita, o grupo começou sua trajetória 27 anos atrás, na distribuição de medicamentos para pequenas e médias redes. Até hoje, o segmento ainda representa 40% do faturamento, enquanto os demais 60% são provenientes do varejo, onde o grupo atua com as bandeiras Santo Remédio, Farmabem e FlexFarma.

Há quatro anos a empresa captou R$ 230 milhões com bancos para comprar a FarmaBem, concorrente local que na época tinha 68 lojas, praticamente dobrando de tamanho. Com o alongamento das dívidas, estimadas atualmente em R$ 160 milhões, o grupo pretende investir R$ 40 milhões no próximo ano, boa parte em abertura e reforma de unidades.

As 130 drogarias do grupo estão espalhadas em todos os Estados do Norte, com elevada concentração no Amazonas. Manaus é responsável por 80% do faturamento do varejo e é onde a empresa tem uma fatia de 50% do mercado. Em alguns pontos da cidade, há lojas de diferentes bandeiras do grupo instaladas lado a lado. “Fizemos um estudo e verificamos que se fechássemos uma dessas unidades reduziríamos o nosso volume de vendas. Quem compra em uma não compra na outra”, afirmou Garcêz.

Este ano, o faturamento do grupo deve alcançar R$ 1,3 bilhão, alta de 8,3% sobre 2021.

Se confirmado, o crescimento ficará abaixo do que é previsto pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) para as grandes redes, que é de uma alta de 17% nas vendas. Apesar do desempenho abaixo de algumas concorrentes, Garcêz projeta um aumento de R$ 50 milhões, para R$ 70 milhões, no seu lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda), na comparação anual.

A região Norte ainda é dominada por redes locais. A Pague Menos desembarcou no Amazonas 15 anos atrás e a Raia Drogasil, apenas em 2019. Garcêz aposta na “expertise local” para enfrentar a concorrência nacional, que tende a se acirrar nos próximos anos.

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