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O que é Olire, para que serve e quanto custa

12 de junho de 2025
Fonte: Jornal Valor Econômico – SP

O medicamento será comercializado à partir de agosto

Por Guilherme Carvalho* , Valor — São Paulo

A farmacêutica brasileira EMS anunciou o lançamento do Olire (liraglutida), a primeira versão brasileira das canetas injetáveis para a perda de peso, em agosto deste ano. Aprovado para o tratamento da obesidade, o novo medicamento disputará espaço com concorrentes já conhecidos, como o Wegovy (semaglutida), “irmão” do Ozempic, da dinamarquesa Novo Nordisk; e o Zepbound (tirzepatida), versão do Mounjaro, da americana Eli Lilly.

Também chegará ao mercado o medicamento Lirux, que, assim como o Ozempic e o Mounjaro, é indicado para o tratamento do diabetes tipo 2. Ambos, Olire e Lirux, foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em dezembro de 2024.

De acordo com a farmacêutica brasileira, os medicamentos serão de uso diário, com aplicação em formato de injeção. A EMS afirma que a dose disponibilizada do Olire será de 3 mg por dia, enquanto a do Lirux será de 1,8 mg por dia.

A produção brasileira dos medicamentos com esse princípio ativo foi possível graças à expiração da patente de uso exclusivo da farmacêutica Novo Nordisk, que ocorreu em março deste ano. Para os primeiros meses após o lançamento, a EMS prevê a produção de 200 mil canetas (entre Olire e Lirux). No período de um ano, deverão ser disponibilizadas mais de 500 mil unidades no país.

Segundo Fábio Trujilho, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), a liraglutida é uma substância que atua estimulando a secreção de insulina, reduzindo o apetite e retardando o esvaziamento gástrico. Essas ações contribuem para o controle do diabetes tipo 2 e para a perda de peso.

Trujilho explica que os possíveis efeitos colaterais mais frequentes de medicamentos a base de liraglutida são:

Náuseas;

Vômitos;

Diarreia ou constipação;

Dor abdominal;

Redução do apetite;

Cefaleia;

Cansaço

Já os menos comuns e os mais graves podem ser:

Pancreatite aguda (dor abdominal intensa e persistente);

Problemas renais relacionados à desidratação por vômito persistente;

Reações alérgicas e hipoglicemia, quando usada em combinação com outros medicamentos para diabetes.

“Geralmente, os sintomas aparecem no início do tratamento e tendem a diminuir com o tempo e com o ajuste gradual da dose.” afirma o presidente da Abeso. Trujilho diz também que o uso da liraglutida deve sempre ser feito com orientação médica, com avaliação de riscos e benefícios para cada paciente.

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