Omissão de casos de Covid-19 na mira das autoridades

Covid-19 - Uma nova interpretação do Supremo Tribunal Federal (STF) impacta diretamente as relações trabalhistas no varejo farmacêutico. No último dia 12 (quarta-feira), o órgão decidiu que a contaminação de profissionais por Covid-19 deve ser considerada como acidente de trabalho e doença ocupacional.

Essa situação tem sido objeto de questionamentos inclusive no Exterior e revelou falhas graves em mercados como o Reino Unido. No dia 30 de maio, o o Conselho Geral de Farmácia da Grã-Bretanha recebeu uma notificação da Associação de Defesa dos Farmacêuticos. Nela, a entidade que representa os profissionais mostrava preocupação por não ter relatos de casos de coronavírus em farmácias comunitárias locais.

Curiosamente, depois desse alerta, os estabelecimentos anunciaram seis casos de infecção entre funcionários, diagnosticados entre abril e junho. A legislação local obriga os empregadores a relatar se uma pessoa no trabalho foi diagnosticada com o novo coronavírus. “A responsabilidade é claramente dos empregadores e a ausência de quaisquer notificações sobre a ocorrência de infecções deve lançar dúvidas significativas sobre o cumprimento dessas obrigações”, afirma Paul Day, diretor da Associação de Defesa dos Farmacêuticos.

E o número continuou a aumentar. Em julho, uma pesquisa com membros da entidade sobre como a pandemia foi gerenciada pelos patrões incluiu informações de 556 entrevistados que trabalham em farmácias comunitárias. Do total, 122 disseram ter contraído a Covid-19 e, desses, 49 acreditam ter contraído o vírus no local de trabalho. As informações são do Pharmaceutical Journal e do Pharmacy Business.

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