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PIB do RS deve crescer 1,6% no terceiro trimestre, acima do país e da Região Sul, diz FGV Ibre

08 de dezembro de 2025
Fonte: Jornal Zero Hora – RS

Avanços no agro após resultado ruim no segundo trimestre e destaque da construção civil ajudam a explicar esse resultado, segundo responsáveis pelo estudo.

 

O jornalista Anderson Aires colabora com a colunista Marta Sfredo, titular deste espaço. Após um segundo trimestre com queda puxada pela agropecuária, pesquisa recém-lançada pelo Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre) projeta atividade econômica com avanço mais robusto no Rio Grande do Sul no período seguinte.

 

O Produto Interno Bruto (PIB) do RS cresceu 1,6% no terceiro trimestre deste ano ante trimestre imediatamente anterior, segundo dados da entidade. Mas, mais uma vez, um dos fiéis da balança para esse destaque no Estado foi o agronegócio… mas não apenas esse setor. O patamar de alta no Estado nessa estimativa está acima não apenas do nacional, que fechou em 0,1%, mas também dos outros Estados da Região Sul. O ranking aponta o PIB gaúcho seguido por Santa Catarina (0,5%) e Paraná (0,1%).

 

No âmbito da Região Sul, o RS se destaca no terceiro trimestre diante resultado melhor na agropecuária após quedas nos trimestre anteriores, segundo Juliana Trece, coordenadora do Núcleo de Contas Nacionais do FGV Ibre e uma das responsáveis pela pesquisa. Além disso, a pesquisadora aponta bom desempenho na indústria de transformação, e avanço acima da média no ramo da construção como fatores determinantes para destaque do RS ante os demais vizinhos.

 

— No RS, a gente vê um crescimento também forte da construção e não observa esse mesmo padrão no Paraná e em Santa Catarina. Então, a gente percebe que a indústria gaúcha de transformação foi mais importante, mas a construção também teve uma contribuição positiva para essa diferença.

Juliana destaca que é difícil mensurar o impacto do tarifaço nos dados do terceiro trimestre no Estado porque o recorte pega apenas parte do período sob sanção. Além disso, a falta de dados setoriais mais detalhados também prejudica essa segunda camada de análise.

 

Olhando a Região Sul como um todo, o crescimento no terceiro trimestre é de 0,7% — ainda acima da média nacional.

 

Acumulado do ano

No acumulado do ano até o terceiro trimestre, a desaceleração observada no PIB nacional também é registrada na região Sul, com redução do crescimento em 2025, em relação ao estimado para 2024.

 

Entre os Estados, Santa Catarina aparece na frente, com alta de 5,1%, seguido por Paraná (3,5%) e RS (0,7%). Vale lembrar que, nessa análise acumulada, o PIB gaúcho sente os efeitos de resultados menos favoráveis na primeira metade do ano.

Essa é a quarta edição do estudo, realizado em caráter experimental pelo Núcleo de Contas Nacionais do FGV Ibre (NCN). Além de Juliana,  o economista Claudio Considera também assina a pesquisa. O levantamento, que busca analisar a atividade do ponto de vista regional, usa como base o Sistema de Contas Regionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e dados conjunturais disponíveis para o período mais recente, sendo a maior parte de autoria do próprio IBGE.

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