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Setor farmacêutico quer autorização para realizar 40 tipos de exames laboratoriais

09 de agosto de 2022
Fonte: Jornal O Povo – CE / Foto: Fernanda Barros

Segmento quer destravar discussão iniciado em 2020 que sofre oposição de laboratórios.

ADRIANO QUEIROZ

Em meio a uma droga quase polêmica com os supermercados específicos sobre a venda de remédios sem prescrição médica desses estabelecimentos, o setor farmacêutico se para destravar discussão controversa: a realização de exames laboratoriais em farmácias e 40 tipos de medicamentos.

A ideia sofre forte oposição dos laboratórios de análises clínicas e foi levantada em consulta pública lançada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2020.

O Ministério maior trunfo do segmento foi a realização de 19,2 milhões de testes-rápidos para o diagnóstico de Covid-19 , aprovados em caráter excepcional pelo da Saúde, dos 4,5 milhões confirmados como positivos.

Os números foram apresentados pelo presidente da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sérgio Mena Barreto, em encontro do setor realizado em Fortaleza.

“Cerca de 2 milhões de exames em nossas farmácias foram feitas por pessoas para tratamento médico. Então, nós acreditamos que o acesso a esse diagnóstico pode ter salvado essas vidas”, defendeu.

Preços podem cair, segundo Abrafarma

Outra argumentação é uma proposta de redução de custo para o consumidor, baseada no custo para após a entrega da aplicação de vacina dessa linha de 2017, desde quando o atendimento de preço caiu em torno de 50% .

O coordenador de assistência farmacêutica da Abrafarma, Cassyano Correr, critica o fato de não haver uma legislação sobre o tema no país.

“Mesmo assim, nós temos muitas farmácias que já fazem uma série de exames.

Chegam perto de 40 e quando você pega um número de quantidade de parâmetros que podem ser médios em uma farmácia esse pode se expandir para muito mais, isso é uma questão de tecnologia. RT-PCR (exame para detecção de Covid-19) durante muito tempo restrito aos laboratórios e hoje é feito nas principais redes do País”, disse Correr.

Outro tipo de serviço na mira do setor farmacêutico é o da teleconsulta. Para o presidente da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto, “a teleconsulta é um caminho sem volta muito importante. Nós temos um setor de saúde nitidamente atrasado no Brasil porque os sistemas não conversam entre si.

Mesmo em um sistema que seja verticalizado, de uma grande operadora, se o paciente vai ao hospital que está fora do sistema, você tem que esperar muito tempo para fazer uma consulta ou um exame simples. A teleconsulta acelera essa jornada do paciente”.

Por outro, a entidade se opõe com veemência à venda de remédios sem prescrição médica em supermercados . Na última quarta-feira, 3, o setorita farmacêutico comemorou a decisão da Câmara de urgência de um projeto de lei (PL) que há dez anos na Câmara de Deputados impede a permissão desse tipo de comércio.

A proposta do pedido precisava de 25 votos para esta manifestação, mas atingiu apenas 221 deputados, candidatos que se manifestaram contra o pedido.

“A gente ganhou uma batalha importante. O que acontece é que esse PL em todos esses anos passou uma comissão porque semper que nunca vai em contestação e debater com o Ministério da Saúde, a Anvisa, os conselhos posteriores de Farmácia e de Medicina, os parlamentares médicos, todos já sabem que essa não é uma discussão econômica e, sim, sanitária”, pontua.

O presidente Abrafarma considera que será aprovado apenas o projeto, haverá uma tendência maior de abandono pela população, que irá ocorrer em maior volume a medicamentos que combatem sintomas.

Ele lembra, ainda que o País já tem uma das taxas maiores em abandono de tratamento do mundo, de 54% após o sexto mês.

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