A farmácia como porta de entrada para a saúde

No futuro, farmacêuticos e médicos trabalharão de forma integrada, unidos pela tecnologia. Esse novo papel da farmácia norteou as discussões da sexta edição do Abrafarma Future Trends, congresso organizado pela Abrafarma e que atraiu mais de 4,4 mil profissionais para as dependências do Transamerica Expo Center (São Paulo-SP), nos dias 3 e 4 de setembro.

“Essa temática ratifica o posicionamento maduro das farmácias brasileiras. Historicamente elas sempre atuaram como uma espécie de ilha, vistas não como parte do sistema de saúde, mas como algo separado. Hoje, o varejo busca se inserir nesse processo e aproveitar sua proximidade com o consumidor para estimular a continuidade dos tratamentos clínicos, especialmente entre doentes crônicos”, comenta  Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.

E não se trata apenas de uma questão de saúde suplementar e saúde privada. Trata-se de um processo muito mais abrangente, que impacta nas despesas públicas e na dinâmica de todo o Sistema Único de Saúde (SUS). Na prática, essa nova farmácia tende a atrair pessoas para os serviços de saúde, inclusive podendo compartilhar informações com outros elos da cadeia, devidamente autorizadas pelo paciente. “As farmácias têm a capacidade de reunir informações vitais de adesão ao tratamento e controle de doenças, que ninguém tem”, ressalta.

Para Barreto, a visão de futuro está consolidada. “Para os próximos anos, o que se pode esperar é um crescimento e um ganho de escala. Aquilo que ainda é nicho vai se tornar algo mais normal, cotidiano e mais presente na vida de milhões de brasileiros”, analisa.

Já a telemedicina é uma realidade inevitável e pode, em longo prazo, ser implementada no próprio ponto de venda, permitindo que a população passe por uma consulta médica à distância. “Será uma mudança radical, pois aí sim teremos farmacêuticos e médicos atuando conjuntamente, com o auxílio da tecnologia”, finaliza.

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